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Frutose: saiba o que é e se faz mal para a saúde
A frutose é um açúcar monossacarídeo natural, presente nas frutas, no mel e em alguns vegetais. Ele é benéfico para a saúde humana e pode ser consumido até mesmo por pacientes com diabetes tipo 2 de forma moderada.
Na indústria alimentícia, esse açúcar é usado amplamente no xarope de milho de alta frutose, chamado muitas vezes apenas de "frutose".
Entretanto, este tipo de produto industrializado é diferente da frutose natural das frutas e, quando consumido em larga escala, está associado a diversos problemas de saúde, como hipertensão, obesidade e doenças cardiovasculares.
Benefícios da frutose
De acordo com a nutricionista Tainah Scavone, a frutose natural da fruta gera energia para o organismo e, ao ser ingerida junto com outros carboidratos, proporciona melhora na taxa de oxidação da glicose. Assim, essa combinação contribui para uma entrega de energia mais progressiva do que acontece quando se ingere um açúcar comum.
Além disso, segundo a nutróloga e hematologista Giovanna Mainardi, a substância é um tipo de açúcar com baixo índice glicêmico (IG), causando um aumento lento da glicose no sangue - o que gera uma secreção insulínica pós prandial em menor quantidade quando comparada ao açúcar comum.
Portanto, pessoas com diabetes, por exemplo, não precisam eliminar as frutas com grande concentração de frutose da dieta. "Apenas devem consumi-las de maneira adequada e também incluir mais fibras na alimentação, como a aveia", explica Tainah.
Frutose faz mal?
A frutose natural, que advém das frutas, não faz mal. Pelo contrário: as frutas são ricas em fibras, ingeridas juntamente com esse açúcar, de modo que proporcionam uma série de benefícios ao nosso organismo, além de promover a sensação de saciedade.
"A frutose industrial é extraída do xarope de milho e não possui nenhuma propriedade nutricional. Seu único benefício é adoçar e ainda gera acúmulo de gordura no fígado quando consumida em excesso", ressalta o médico cardiologista Pablo Cartaxo.
Intolerância a frutose
Embora não seja uma substância nociva à saúde, algumas pessoas podem desenvolver intolerância à frutose natural, ou frutosemia - condição em que o paciente não produz a enzima que digere este açúcar no corpo.
Nesses quadros, os sintomas mais comuns são diarréia, inchaço e flatulência. Pode ocorrer ainda dor abdominal e vômitos em casos mais severos. E o diagnóstico da intolerância à frutose costuma ser obtido através da análise laboratorial da urina (exame de urina).
Mas vale acrescentar que a frutosemia é considerada uma intolerância de baixa prevalência, que atinge uma a cada 20 mil pessoas no mundo. Desta forma, é importante estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica se necessário.
Diferença da frutose da fruta e frutose industrial
Embora tenham o mesmo nome, a frutose encontrada nas frutas e a frutose dos alimentos industrializados não se associam bioquimicamente. ?A primeira não gera aumento do índice glicêmico, diferente da frutose industrial (xarope de milho)?, afirma a nutricionista Tainah Scavone.
Quando se almeja uma alimentação saudável e funcional, o verdadeiro vilão é o chamado xarope de milho de alta frutose. Trata-se de uma alternativa mais barata para a indústria que a sacarose (açúcar comum) e que não contém nenhum nutriente ou fibras - sendo prejudicial para qualquer pessoa que o consuma em larga escala.
A síntese metabólica do xarope de alta frutose é diferente e até perigosa para pessoas com diabetes. Esse tipo de açúcar também é polêmico por proporcionar menos saciedade. Por isso, alimentos industrializados são mais propensos a causar quadros de vícios alimentares, como a compulsão por doces.
O cardiologista Pablo Cartaxo alerta que o consumo de xarope de alta frutose (presente em balas, refrigerantes e outros alimentos industrializados) está relacionado com o surgimento de doenças cardiovasculares, como a hipertensão e também a obesidade.
Origem da "frutose" industrializada
Dentro dos laboratórios, a frutose das frutas é isolada por cientistas dos alimentos. Em seguida, seu poder adoçante é amplificado com a ajuda de aditivos alimentares industrializados. A frutose fica mais doce, porém perde todos os nutrientes da fruta e, consequentemente, promove menos saciedade.
Fonte: Minha Vida
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